Mostrar mensagens com a etiqueta Nutrição. Mostrar todas as mensagens
Mostrar mensagens com a etiqueta Nutrição. Mostrar todas as mensagens

A tua alimentação é o teu medicamento

""A tua alimentação é o teu medicamento” – esta é provavelmente a frase mais vezes mencionada quando se fala de alimentação saudável e do impacto que os alimentos têm na nossa saúde. Mas apesar disso, nem sempre são os alimentos saudáveis que abundam nos hábitos alimentares de muita gente, e menos vezes recorremos aos alimentos para melhorar a nossa saúde. Além disso, muitas das nossas doenças crónicas estão direta ou indiretamente associadas aos nossos hábitos alimentares, e quando se falam dos problemas da vida, muitos dos desabafos terminam: "mas haja saúde!” como se a nossa saúde fosse apenas uma questão de sorte ou azar

Sim, há obviamente azares que nos atingem, como os acidentes, ou as possíveis consequências para a nossa saúde após um episódio emocionalmente conturbado, ou mesmo uma infecção complicada difícil de combater, entre tantos outros exemplos. Mas ter o diagnóstico de diabetes tipo 2 quando somos obesos (saiba mais), ou ter uma doença cardiovascular quando a nossa alimentação se baseia em gorduras processadas e açúcar, não é azar, mas sim uma consequência

Para além destas associações mais óbvias, a alimentação é capaz de influenciar muito mais parâmetros da nossa saúde. Por um lado fornece-nos os nutrientes fundamentais (saiba mais) para que o nosso organismo possa funcionar de forma adequada, e por outro, é capaz de influenciar a forma como os nossos genes são lidos.

Comecemos para primeira parte – apesar de parecer óbvio, muitos de nós não tem a real noção do que significa "ter os nutrientes adequados para o adequado funcionamento do organismo”.

Se não tivermos as proteínas corretas (em especial alguns aminoácidos), o nosso organismo pode não ser capaz de produzir alguns dos neutrotransmissores que regulam o funcionamento cerebral, ou mesmo a produção de algumas hormonas. Se não tivermos determinadas gorduras o nosso sistema imune, o nosso cérebro, e todas as células do nosso organismos ressentem-se e muito! Para não falar das vitaminas e minerais fundamentais para o adequado funcionamento das nossas enzimas – tem realmente a certeza que quer deixar algumas destas suas "máquinas” paradas porque deixou de fornecer algum destes micronutrientes? Dependendo da enzima em causa, as consequências podem ser diversas.

Sabe-se hoje que a leitura do nosso código genético (saiba mais) é influenciada por diferentes factores ambientais, nomeadamente os alimentos que ingerimos. Uma alimentação inadequada parece induzir a leitura de diferentes genes favorecedores de algumas doenças, e uma alimentação saudável parece silenciar esses genes, e favorecer a leitura de genes mais protetores.

Os alimentos que ingerimos, mais do que aporte calórico e de diferentes nutrientes, funcionam como informação para as nossas células, orientando-as sobre o caminho a seguir. A alimentação pode assim ter uma influência no início, progressão e gravidade de diferentes doenças crónicas, nomeadamente nas de carácter inflamatório e oncológico.

Não é por falhar numa refeição que vai sofrer as consequências das suas escolhas, e se tiver as reservas adequadas até é capaz de aguentar períodos de maior carência do ponto de vista de alguns nutrientes. Isto porque esta máquina maravilhosa que é o nosso organismo está dotado de mecanismos de compensação fantásticos, sendo capaz de criar reserva, de ativar ou desativar determinadas vias como forma de compensação. 

Mas esta nossa fantástica capacidade de adaptação tem um lado menos bom: faz com que muita gente mantenha os maus hábitos alimentares e de estilo de vida porque ainda "não sente nada de mal”, deixando que o seu organismo se mantenha a funcionar com os planos B, e permitindo que se mantenham estados de inflamação de baixo grau, stress oxidativo e sobrecarga tóxica até que chega a um ponto em que as queixas começam a aparecer.


Fica então o conselho: que a sua alimentação seja o seu medicamento – comece por optar por alimentos verdadeiros, repletos de diferentes nutrientes e de preferência de origem biológica. A melhor parte? Pode começar já na próxima refeição!

"

“Se comermos alimentos de origem animal, aumentamos o risco de doenças”

Colin Campbell é professor de Bioquímica Nutricional na Universidade
de Cornell, onde se doutorou em nutrição, bioquímica e
microbiologia 
DANIEL ROCHA
in Jornal Público
"O bioquímico Colin Campbell, que esteve nesta quarta-feira pela primeira vez em Portugal, admite que devia haver mais estudos para comprovar que uma alimentação “correcta” pode prevenir e tratar doenças, incluindo o cancro, e que só não há devido a “fortes” interesses económicos. Para o investigador, leite, carne e ovos são para banir.

Cresceu numa quinta que produzia leite, mas não o bebe. Tem 80 anos e há cerca de 30 começou a abandonar os lacticínios, a carne, os ovos, os fritos e os doces. Peixe, no máximo uma vez por mês e cozido. Prefere vegetais, frutas, cereais integrais. Faz exercício e corre “facilmente” sete ou oito quilómetros. Não fuma e só de vez quando bebe vinho ou cerveja. O norte-americano Colin Campbell, professor de Bioquímica Nutricional na Universidade de Cornell, onde se doutorou em nutrição, bioquímica e microbiologia, coordenou o Estudo da China sobre a relação entre alimentação, estilo de vida e doenças degenerativas modernas, realizado pelas Universidades de Cornell, Oxford, com o apoio da Academia Chinesa de Medicina Preventiva. Esteve em Lisboa para participar num seminário promovido pela Direcção-Geral de Saúde, Administração Central do Sistema de Saúde, Instituto Macrobiótico de Portugal e Ministério da Saúde.

Quais foram as principais conclusões do Estudo da China?
O Estudo da China é o nome do livro, publicado em 2005, que é um resumo do meu trabalho nos últimos 45 anos. E um projecto que fizemos na China, em 130 aldeias. Estávamos interessados em ver por que é que o cancro era muito mais comum nuns sítios do que noutros. O Estudo da China em si não foi responsável pelas minhas conclusões. Houve todo um trabalho feito antes, em laboratório, durante cerca 30 anos. O Estudo da China foi uma oportunidade de confirmar se o que estávamos a ver no laboratório era o mesmo que nos humanos.

Depois dessas décadas de pesquisas o que defende é que se comermos mais alimentos de origem animal, como lacticínios e carne, temos mais probabilidade de ter doenças cardiovasculares, cancro, diabetes? 
Há evidências científicas que nos dizem que, se comermos alimentos de origem animal, aumentamos o risco de ter essas doenças. As pessoas são mais saudáveis e vivem mais tempo se optarem por dietas com menos proteínas de origem animal e mais antioxidantes. Comer produtos de origem animal, como leite e carne, está relacionado com cancro, osteoporose, doenças cardiovasculares, diabetes. A maior parte das pessoas no Ocidente sabe que comer vegetais é bom e que comer carne não é tão bom. Mas o que não se apercebem é que este tipo de dieta é importante não só para prevenir essas doenças, como para tratá-las. O mesmo tipo de dieta que previne as doenças também as reverte.

Não estamos a falar de cancro?
De acordo com as minhas pesquisas, com mais proteínas de origem animal podemos activar o cancro e, com proteínas de origem vegetal, desactivá-lo. Mas temos de fazer mais investigação para o demonstrar mais claramente.

Está a dizer que comer mais alimentos de origem animal como a carne, o leite e os ovos contribuem para o cancro e, pelo contrário, vegetais, por exemplo, o revertem?
Sim. Refiro-me não só a comida de origem animal, mas também processada. Bolos de pastelaria com muito açúcar são um problema. Numa dieta baseada em plantas, os alimentos de origem vegetal têm propriedades notáveis para tratar alguns problemas. Pode haver grandes mudanças em semanas na recuperação da saúde. Mas muitos médicos não têm formação suficiente em nutrição e, por outro lado, estamos num sistema em que há muito dinheiro a ser feito à custa da venda de alimentos de origem animal, de comida processada, e de suplementos vitamínicos. E há muito dinheiro em jogo para tratar estas doenças. Estas indústrias não gostam desta mensagem.

Por que é que acha que não há investigação suficiente, mais estudos a comprovar essa tese? Por causa desses interesses?
Sim. As pesquisas que fiz foram com financiamento público, o que é importante porque não somos influenciados pelas indústrias. Mas o dinheiro público é muito limitado, comparado, por exemplo, com o que existe para fazer medicamentos. Em 70% do dinheiro disponibilizado pelo Instituto Nacional de Saúde nos Estados Unidos para pesquisas, só 3 a 4% é para nutrição. A combinação de não haver suficiente formação nem pesquisas em nutrição é fatal.

Se o Estudo da China fosse feito hoje, as conclusões seriam as mesmas?
Hoje não seria possível fazer o mesmo tipo de estudo na China, porque, entre outros aspectos, quando o fizemos, em 1983 e 1984, as pessoas consumiam os produtos produzidos localmente. Isso está a mudar. Está a aumentar o consumo de produtos de origem animal, de comida processada, há mais cancro, mais doenças do coração.

Como vai ser a nossa alimentação no futuro?
Não sei o que vai acontecer, mas é muito importante informar o público, criar programas, em que as pessoas possam participar, aprender a cozinhar certos alimentos, a produzir, falar nas escolas, nas faculdades de medicina. O problema é que, pelo menos nos Estados Unidos, os esforços são no sentido de suprimir a informação. Porque os interesses económicos são fortes.

Três exemplos de alimentos que devemos definitivamente comer e três a evitar.
Não comer carne, ovos nem beber leite. Comer cereais integrais, legumes, ervilhas, feijão e comer muitos vegetais coloridos, como cenouras, por exemplo. Têm propriedades antioxidantes que tendem a prevenir o envelhecimento, o cancro, as doenças do coração. São muito importantes.

Por que razão diz que o leite não é bom? Não há quem defenda que sim, até para prevenir osteoporose? Entende que não é bom por ser um produto de origem animal?
Em parte por isso. E não tem antioxidantes nem outros nutrientes que vamos buscar, por exemplo, aos vegetais. Os lacticínios não têm as coisas boas, só as más. O que fazemos é realmente estranho, é continuar a beber leite muito para além da fase da amamentação e ir buscá-lo a outras espécies. Por que não vamos buscá-lo a cães ou ratos?

Na Europa, e em Portugal em particular, a obesidade infantil é preocupante. A crise pode levar as pessoas a optar por comida barata e calórica?
Temos o mesmo problema nos Estados Unidos. As pessoas compram as piores comidas porque, de certa forma, são mais baratas e têm muitas calorias, fornecem energia rápida. Nos Estados Unidos, estas comidas, que incluem alimentos de origem animal, são subsidiadas pelo governo, que está a ajudar os produtores a produzirem o que não deviam. Lá, os hambúrgueres são comprados por um preço muito inferior ao custo real. Uma percentagem está a ser paga pelos impostos. Os governos deviam apoiar a comida que é saudável."

New study finds significant differences between organic and non-organic food

por Carlo Leifert
13 July 2014

"In the largest study of its kind, an international team of experts led by Newcastle University, UK, has shown that organic crops and crop-based foods are up to 69% higher in a number of key antioxidants than conventionally-grown crops.
Analysing 343 studies into the compositional differences between organic and conventional crops, the team found that a switch to eating organic fruit, vegetable and cereals – and food made from them – would provide additional antioxidants equivalent to eating between 1-2 extra portions of fruit and vegetables a day.
The study, published today in the prestigious British Journal of Nutrition, also shows significantly lower levels of toxic heavy metals in organic crops. Cadmium, which is one of only three metal contaminants along with lead and mercury for which the European Commission has set maximum permitted contamination levels in food, was found to be almost 50% lower in organic crops than conventionally-grown ones.
Newcastle University’s Professor Carlo Leifert, who led the study, says: “This study demonstrates that choosing food produced according to organic standards can lead to increased intake of nutritionally desirable antioxidants and reduced exposure to toxic heavy metals.
“This constitutes an important addition to the information currently available to consumers which until now has been confusing and in many cases is conflicting.”

New methods used to analyse the data
This is the most extensive analysis of the nutrient content in organic vs conventionally-produced foods ever undertaken and is the result of a groundbreaking new systematic literature review and meta-analysis by the international team.
The findings contradict those of a 2009 UK Food Standards Agency (FSA) commissioned study which found there were no substantial differences or significant nutritional benefits from organic food.
The FSA commissioned study based its conclusions on only 46 publications covering crops, meat and dairy, while Newcastle led meta-analysis is based on data from 343 peer-reviewed publications on composition difference between organic and conventional crops now available.
“The main difference between the two studies is time,” explains Professor Leifert, who is Professor of Ecological Agriculture at Newcastle University
“Research in this area has been slow to take off the ground and we have far more data available to us now than five years ago”.
Dr Gavin Stewart, a Lecturer in Evidence Synthesis and the meta-analysis expert in the Newcastle team, added: “The much larger evidence base available in this synthesis allowed us to use more appropriate statistical methods to draw more definitive conclusions regarding the differences between organic and conventional crops”

What the findings mean 
The study, funded jointly by the European Framework 6 programme and the Sheepdrove Trust, found that concentrations of antioxidants such as polyphenolics were between 18-69% higher in organically-grown crops. Numerous studies have linked antioxidants to a reduced risk of chronic diseases, including cardiovascular and neurodegenerative diseases and certain cancers.
Substantially lower concentrations of a range of the toxic heavy metal cadmium were also detected in organic crops (on average 48% lower).
Nitrogen concentrations were found to be significantly lower in organic crops. Concentrations of total nitrogen were 10%, nitrate 30% and nitrite 87% lower in organic compared to conventional crops. The study also found that pesticide residues were four times more likely to be found in conventional crops than organic ones.
Professor Charles Benbrook, one of the authors of the study and a leading scientist based at Washington State University, explains: “Our results are highly relevant and significant and will help both scientists and consumers sort through the often conflicting information currently available on the nutrient density of organic and conventional plant-based foods.”
Professor Leifert added: “The organic vs non-organic debate has rumbled on for decades now but the evidence from this study is overwhelming – that organic food is high in antioxidants and lower in toxic metals and pesticides.
“But this study should just be a starting point. We have shown without doubt there are composition differences between organic and conventional crops, now there is an urgent need to carry out well-controlled human dietary intervention and cohort studies specifically designed to identify and quantify the health impacts of switching to organic food.”
The authors of this study welcome the continued public and scientific debate on this important subject. The entire database generated and used for this analysis is freely available on the Newcastle University website  for the benefit of other experts and interested members of the public.

This post appears courtesy of Newcastle University

"



Nutrition for a vegetarian diet

"Here's a quick summary of what you need to eat every day if you're a vegetarian, from the Vegetarian Society: 

• 4 -5 servings of fruit and vegetables
• 3- 4 servings of cereals/grains or potatoes
• 2- 3 servings of pulses, nuts and seeds
• 2 servings of milk, cheese, eggs or soya products
• a small amount of vegetable oil, margarine or butter
• some yeast extract that has been fortified with vitamin B12
Getting enough protein may be a challenge in a vegetarian diet, so here's a quick run-down of foods that are high in protein:
• Dairy products
• Eggs
• Nuts and seeds
• Peas, beans, lentils
• Soya products and mycoproteins
• Wheat protein (seitan)
• Wholegrains (rice and cereals)".

F de Feijão

in Jornal Público,  
Por Pedro Carvalho, nutricionista*
 
"Um dia perguntaram ao intelectual italiano Umberto Eco qual tinha sido para ele o facto mais importante do 2º milénio. Provavelmente o leitor poderá achar que está o ler o texto errado e a perguntar-se o que é que isto tem a ver com o feijão. Pois bem, a resposta de Umberto Eco a esta pergunta foi: “a introdução do feijão na Europa”! E de facto, o feijão juntamente com outras leguminosas como a fava, lentilha e grão tiveram em tempos um papel crucial no combate à desnutrição que se abatia em toda a Europa.
Mudam-se os tempos, mudam-se as vontades, e hoje, é muito provável que a razão pela qual exista um certo preconceito em relação ao feijão, seja essa lembrança de outros tempos com menos recursos em que o feijão foi utilizado como substituto da carne e do peixe. E este preconceito pode-nos sair caro quer no que diz respeito à nossa saúde, quer na manutenção da nossa identidade gastronómica que é algo do qual nos devemos orgulhar e não envergonhar. Com efeito, a feijoada é considerada muitas vezes um prato excessivamente pesado… e ainda bem! Muito do que por vezes entendemos como “pesado” refere-se à capacidade saciante do alimento em causa, e a este nível ninguém bate o feijão. A única maneira de tornarmos uma feijoada pesada em termos nutricionais é a adição de carnes demasiado gordas e enchidos que esses sim, desequilibram um prato que pode traduzir igualmente uma simbiose empírica entre arroz e feijão na procura da complementaridade proteica dos seus constituintes.
O feijão, à semelhança de outras leguminosas desempenha um papel fundamental no controlo do apetite pois para além de ser pouco calórico (cerca de 100kcal por 100gramas) tem uma grande quantidade de proteína e fibra. E são estas mesmas fibras que juntamente com outros fitoquímicos como o ácido fítico, flavonoides e compostos fenólicos, fazem do feijão um super-alimento na temática da prevenção do cancro. Sendo certo que o ácido fítico é responsável pela diminuição da absorção do ferro e cálcio, ele compensa essa menos-valia com uma grande capacidade antioxidante e antimutagénica que em conjunto com a produção de ácidos gordos de cadeia curta resultantes da fermentação da fibra do feijão diminuem o risco de cancro, particularmente o colo-rectal.
Assim, na sopa, na salada, em feijoadas à portuguesa ou brasileira, com marisco, lulas ou búzios, a ingestão de feijão é uma questão de saúde. É difícil encontrar algo que o feijão não tenha. Tem proteínas de elevada qualidade para um alimento de origem vegetal, tem hidratos de carbono de absorção lenta, tem grande quantidade de fibra promotora da saciedade, tem um vasto portfólio micronutricional com ferro, cálcio, zinco, ácido fólico e outras vitaminas do grupo B. Enfim, é daqueles alimentos que justificam o uso do cliché: O feijão tem tudo… Só não tem comparação!"

*Professor Assistente Convidado da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto pedrocarvalho@fcna.up.pt

Fonte e imagem:

A de Alho

in Jornal Público,  
Por Pedro Carvalho, nutricionista*

"O alho tem tudo para ser considerado um alimento com elevada capacidade medicinal e, em boa verdade, sempre o foi. Desde suplemento alimentar com vista a aumentar a força de escravos egípcios para a construção das pirâmides e atletas greco-romanos em eventos desportivos, até à cura de lepra, asma, varíola, picadas de escorpião, para tudo o alho serviu como medicação chegando ao ponto de ter sido utilizado em tempos como moeda, tão elevada era a sua valorização. Existe mesmo o mito de que Hipócrates, o pai da medicina, teria um repertório de mais de 300 remédios que incluíam alho para além de canela e alecrim.
E a nossa gastronomia proporciona-nos uma grande familiarização com este legume quer nas excepcionalmente típicas açordas e marinadas ou com a feliz trilogia de alho, azeite e tomate. Embora as quantidades em que é consumido não façam dele um alimento a ter em conta para a satisfação das necessidades de algum nutrimento, o alho é particularmente rico em vitamina C, B6, cálcio, cobre e selénio.
Aquilo de que menos gostamos no alho é justamente a fonte de todas as suas virtudes. A alicina, um composto organossulfurado, tanto nos oferece aquele indistinguível hálito, como aporta o seu grande potencial de prevenção de doença. Embora não se possa dizer categoricamente que a ingestão de alho reduz o risco de cancro, a verdade é que essa é uma forte probabilidade, sobretudo quando falamos do cancro da próstata, esófago, ovário e cancro colo-rectal. As suas propriedades antibacterianas e antivirais consubstanciam o seu uso ancestral como “desinfectante” sendo igualmente interessantes os seus efeitos moderados no que à diminuição da pressão arterial, colesterol (total e LDL) e triglicerídeos diz respeito.
Todos estes benefícios esbarram muitas vezes no modo como o alho é consumido,  que tanto os pode potenciar como os pode eliminar. Em Portugal, o refogado ou estrugido é quase sempre o ponto de partida para muito do que cozinha. Não sendo consensual que o alho faça parte desta “instituição” lusa, o certo é que as altas temperaturas atingidas (às quais o azeite é também submetido) destroem muitos dos seus compostos organossulfurados. Por outro lado, o seu consumo em cru (principalmente esmagado ou picado), a sua adição a marinadas, açordas e legumes salteados ou até esfregado em pão com azeite resultando num pão de alho caseiro, serão formas de consumo mais apelativas ao paladar e à saúde.
Assim, de hoje em diante, tente encarar o hálito a alho não como um obstáculo social mas sim como um sinónimo de saúde."

*Professor Assistente Convidado da Faculdade de Ciências da Nutrição e Alimentação da Universidade do Porto
pedrocarvalho@fcna.up.pt

Fonte e imagem:

The Connection Between Good Nutrition and Good Cognition

Alice G. Walton - Alice G. Walton is a health-and-science journalist who writes on medical issues, particularly those related to the brain and behavior. She holds a Ph.D. in biopsychology and is an editor at TheDoctorWillSeeYouNow.com.

Jan 13 2012
A study that looked at biomarkers in the blood to correlate vitamins and brain function found very clear links between nutrition and brain health.

A new study goes deeper in understanding the connection between good nutrition and a healthy brain. Previous studies have linked individual vitamin deficiencies to cognitive decline. But new research looks at a wider range of vitamins, and even better, it uses biomarkers in the blood to correlate vitamins with brain health, both good and bad.

Many studies exploring the relationship between nutrition and cognitive health rely on people's personal reports of their diets -- a notoriously unreliable way to gather personal nutritional information. For this reason, the researchers behind the current study decided to use a more objective means of studying the nutrition-brain link: they looked at biomarkers in the blood to measure the vitamin levels in 104 participants. They also had participants take tests to measure thinking and memory function, and 42 participants had MRI scans to measure their brain volume.

The researchers found some striking connections between nutrition and brain health. People who had higher levels of B family vitamins, as well as vitamins C, D, and E had higher scores on cognitive tests than people with lower levels. The same positive relationship was found for omega-3 fatty acids, which have previously been linked to better brain health.

On the flipside, people with higher levels of trans fats in their blood had poorer performance in thinking and memory tests. Their MRI scans also revealed more brain shrinkage than people who had lower trans fats levels. Trans fats are found in a variety of junk foods, like fried, packaged, and fast foods.
The researchers also determined the portion of the cognitive test scores the participants' nutrient statuses accounted for. They found that nutrient biomarkers accounted for 17 percent of the variation in the tests of thinking and memory function. Other variables, like age, education, and having high blood pressure accounted for more: 46 percent. But for brain volume, the role of nutrition was larger, accounting for 37 percent of the variation. 

Author Gene Bowman said that the team's findings "need to be confirmed, but obviously it is very exciting to think that people could potentially stop their brains from shrinking and keep them sharp by adjusting their diet." 

More and more research is showing that there's a lot of truth to the old adage you are what you eat -- and the same goes for the brain since, after all, it is an organ too. Genetic and environmental factors also play a role in the development of disease, but we can do our best to give our brains the nutrients they need for good cognitive health.

The study was carried out at the Oregon Health & Science University in Portland, and is published in Neurology

Image: Lightspring/Shutterstock."

Fonte e imagem:

5 a day - the easy way

Kellie Collins 

"We all know by now that we should be eating more fruit and vegetables. From newspapers and magazines, leaflets in supermarkets and even labels on the food we buy, we are constantly encouraged to eat more of the green stuff. And that’s no bad thing.
Fruit and vegetables are power-houses of nutrition. Packed with vitamins, minerals, anti-oxidants and all kinds of phyto-nutrients, fibre and water, diets rich in fruit and veg are associated with better health – lower heart attack risk, lower risks of some cancers, decreased obesity, better eye-sight, healthier looking skin – you name it, fruit and veg have a role in it.
But just how many portions of fruit and veg should we be aiming for every day…and what is a portion? If you’ve been getting through 2 cartons of juice and 3 tins of beans every day to increase your fruit and vegetable intake, well done for trying. But a closer look at the Department of Health’s recommendations will help you take a step in the right direction.
The Department of Health recently launched new guidelines on what exactly counts as a portion of fruit and vegetables, after a National Diet and Nutrition Survey revealed that only one in seven adults eat the recommended quantity of greens on a regular basis. Part of the problem is that, while a lot of people are aware of the need to eat five portions of fruit and veg a day, there seems to be a bit of confusion over what exactly constitutes a portion.
The 5 a day campaign was initially launched to encourage people to eat more fruit and vegetables as the evidence shows that eating at least five portions of fruit and vegetables each day could help prevent up to 20% of deaths from conditions such as heart disease and cancer. That’s a lot of lives saved just by eating more of something.
However, some food manufacturers jumped on the 5 a day bandwagon and began to promote their products as being as healthy and nutritious as fresh fruit or vegetables. Take baked beans, for example.
Beans do count as a vegetable portion and the tomato sauce they come in can also go some way to meeting your 5 a day. In fact, cooked tomatoes provide even more of the anti-oxidant lycopene than fresh tomatoes. But when those beans and cooked tomatoes are accompanied by salt, sugar, fat, Tele-Tubbie shaped pasta and even mini-sausages, the health message begins to get pushed a little to one side.
The Department of Health now insist that companies who make claims like this will have to review their recipes to ensure their processed foods are not high in fat, sugar or salt, if they want to be included in the 5 a day campaign.
So, what exactly counts as a portion of fruit and veg?
Well, the list below should help you out on that one. But to confuse matters, there are some foods that can only count once. Whether you drink a glass of fruit juice or a whole carton of fruit juice, it can only count as one fruit and veg portion per day. Sorry folks, but when fruit and veg are juiced, they lose their fibre so this guideline is in place to ensure we all get enough fibre to keep our bowels happy. If you smoothie your fruit, on the other hand (blend up whole fruit with milk, yoghurt and other yummy things like honey), each fruit portion that goes into your blender counts.
Beans (small, round beans like baked beans, not long thin green ones) and pulses can only count once because they are higher in protein and calories and lower in water than other vegetables. And 100% concentrated puree, such as tomato puree, can also only count as one portion, no matter how much you eat of the stuff.
And to set the record straight, frozen is just as good (sometimes better) than fresh, and tinned veggies are certainly better than none if that’s all you have access to.
Have a look at what constitutes a portion and get yourself down to the greengrocers pronto.
Fruit - aim for at least 2 servings a day.
½ avocado or grapefruit 1 medium apple, banana, orange, fresh peach, large slice of fresh pineapple, tablespoon of raisins, handful of grapes, handful of banana chips (a handful is how much will comfortably fit in the palm of your hand) 2 inch slice of melon, small mandarin-type oranges, rings of canned pineapple, plums, apricots, kiwi fruit, handfuls of raspberries 3 dates 7 slices of canned peach, strawberries 14 cherries
Vegetables - aim for at least 3 servings a day - but the more the merrier
½ pepper 1 cereal bowl of lettuce, medium onion, medium tomato, large parsnip 2 inches of cucumber, spears of broccoli, heaped tablespoons of cooked spinach 3 sticks of celery, heaped tablespoons of sweetcorn, lentils or beans (only once a day), mixed frozen vegetables, peas or carrots 5 spears of asparagus 7 slices of beetroot, cherry tomatoes 8 cauliflower florets, Brussels sprouts
As with everything else, variety is the spice of life. Although not specified in the government guidelines, we would recommend that waist watchers don’t rely on avocado, banana chips and raisins for their 5 a day. Avocado is a relatively high-fat food (okay, it’s good fat, but it’s still fat), banana chips are all too often fried and dried fruit can be coated in oil to keep them shiny and as good as new.
So fill up your plate with greens (and reds, oranges, yellows and purples) and get on target for better health."

Fonte e imagem:

Quantidade e proporção dos alimentos numa refeição


Fonte:
http://www.realage.com/videos/?bclid=5030527001&bctid=16759156001&src=edit&chan=tip&con=tip&click=p5b2

Para saber mais sobre Nutrição

"Ao longo da vida, as necessidades nutricionais modificam-se e sofrem alterações, de acordo com a nossa idade, estilo de vida e metabolismo. Saiba como se alimentar de forma saudável. Ficam aqui algumas dicas de nutrição que lhe poderão ser úteis e que iremos actualizando."

Fonte e imagem:
http://www.comerbememaisbarato.com/saber-mais.php