Hungria introduz imposto sobre alimentos pouco saudáveis

por Pedro Duarte
in Diário Económico, 4 de Setembro de 2011
 
"O governo húngaro introduziu este mês um imposto especial sobre os alimentos com altos teores de gordura, açúcar e sal.
Desde a passada quinta-feira, os húngaros mais gulosos estão a ver-se obrigados a pagar mais para satisfazer os seus desejos. Numa tentativa de combater o aumento da taxa de obesidade no país, que já atinge os 18,8% da população adulta, o governo de Budapeste introduziu um imposto extraordinário de 37 cêntimos em todas as comidas que têm um conteúdo elevado de gordura, açúcar ou sal, ao mesmo tempo que aumentou as taxas sobre as bebidas gasosas e o álcool. O executivo espera aplicar as receitas esperadas de 70 milhões de euros no Serviço Nacional de Saúde, reduzindo assim os encargos do Estado com esta área. Para o primeiro-ministro Viktor Orban, "todos os que vivem de modo pouco saudável têm que contribuir mais para o país", devido ao custo que os seus gastos de Saúde acarretam para o país.

Tendência europeia
A Hungria não é o único país europeu que está a levar a cabo uma campanha contra a alimentação excessivamente gordurosa. A Dinamarca, a Áustria e a Suíça já impuseram impostos sobre as gasosas, devido ao aumento do risco de cancro destas bebidas. Em adição, a Dinamarca - que tem um imposto sobre os doces há quase 90 anos - também vai avançar com a criação de uma taxa extra sobre todos os alimentos com elevado teor de gordura saturada ainda este ano.
O primeiro-ministro finlandês Jyrki Katainen afirmou por seu turno que "o que a Dinamarca planeia fazer está a interessar-nos", indicando que este tipo de impostos pode agora espalhar-se por todo o continente. Até na Roménia, o país europeu onde se regista a menor percentagem de obesos na população adulta (apenas 7,9% do total) está a considerar avançar com um "imposto sobre a gordura" desde o ano passado, um que não seria só aplicado as gasosas e aos doces, mas também a todo o tipo de ‘Fast Food'. A ideia acabou no entanto por ser rejeitada devido aos receios que o imposto incida acima de tudo sobre os alimentos consumidos pelas camadas mais pobres da população, podendo uma subida dos preços destes alimentos levar os mais carenciados a recorrer a produtos alimentares ainda mais baratos, piorando de modo considerável a sua dieta.
Estes receios também existem na Hungria. Para Carolyn Banfalvi, co-fundadora da "Prove a Hungria", empresa turística especializada em gastronomia, os húngaros já gastam em média 17% dos seus rendimentos em alimentação, sobre os quais pagam uma taxa de IVA de 25%, sendo por isso de temer que o imposto que entrou hoje em vigor penalize acima de tudo os mais pobres.
"A situação económica aqui é realmente bastante má. Muitas pessoas não têm dinheiro extra para gastar em nada. A vida aqui não é barata se se é um cidadão médio a ganhar um ordenado médio", notou Banfalvi."


Bastonário dos Médicos defende criação de imposto sobre a fast-food

in Jornal Público, 05.09.2011 - Por João d´Espiney 
"O bastonário da Ordem dos Médicos, José Manuel Silva, defendeu nesta segunda-feira a criação de um imposto sobre a fast-food e “dezenas de variedades de outro lixo alimentar” para financiar o Serviço Nacional de Saúde (SNS).


“Um duplo cheeseburger e um pacote de batatas fritas equivalem a 2200 calorias e é preciso uma maratona” para queimar este nível de calorias, afirmou José Manuel Silva, que incluiu também o sal nos produtos a taxar.

O bastonário, que falava na cerimónia de assinatura do protocolo de cooperação entre a Direcção-Geral de Saúde (DGS) e a Ordem dos Médicos (OM) com o objectivo de assegurar a colaboração “formal” entre estas duas entidades no âmbito da qualidade no sistema de saúde, não tem dúvidas que esta medida irá ter a oposição da indústria agro-alimentar mas defende que este “imposto selectivo” seria uma alternativa a mais cortes no sector.

“Sabemos que é preciso poupar mas não é possível mais cortes sem pôr a qualidade dos serviços”, afirmou José Manuel Silva, num discurso em que teceu duras críticas à classe política e aos governantes que levaram o país ao estado em que ele se encontra.

O ministro da Saúde, Paulo Macedo, não se pronunciou sobre esta ideia, preferindo destacar o “esforço concertado entre o Governo e os profissionais de saúde” para “garantir a sustentabilidade do SNS e a melhoria da qualidade” da prestação dos cuidados.

Paulo Macedo corroborou ainda a ideia antes defendida pelo bastonário de que este protocolo “é um marco na história da melhoria da prática clínica” e irá permitir reduzir “a despesa inútil” e o “desperdício”. “Um sistema de saúde só tem qualidade se for sustentável”, acrescentou.

Nos termos do protocolo, a DGS e a OM comprometem-se a “colaborar na elaboração de linhas de orientação clínica e de normas de actuação clínica, incluindo a prescrição de medicamentos e de meios complementares de diagnóstico e terapêutica”; “execução de testes de aplicabilidade de normas clínicas”, e “realização de auditorias clínicas”."
Fontes e imagem:

LIÇÕES DE CULINÁRIA

China/Índia/Ucrânia/Brasil/Cabo Verde/ S. Tomé e Príncipe
Data: 10 e 11 de Setembro das 10H00 às 14H00
Local: Mercado do Forno do Tijolo, Rua Maria da Fonte
Preço: 6€ | sujeito a inscrição prévia para
festival.todos@gmail.com
Tm. 914 144 311 / 966 374 388
M/6

"Cinco Lições de Culinária acompanhadas de um almoço em família. Famílias da China, Índia, Ucrânia, Brasil, Cabo Verde, São Tomé e Príncipe, cozinham com e para o público. Uma manhã para conhecer e conversar sobre uma cultura, enquanto se prepara uma refeição. Também um pretexto para conhecer as lojas onde tudo se pode adquirir, um conjunto de receitas que vêm de longe, mas sobretudo proporcionar à volta da mesa, um encontro saboroso."

Transportes
Metro: Anjos
Eléctrico: 28
Autocarros: 7, 12, 30, 34, 708, 726, 740

Blog do Festival Todos:

Imagem:

Dicas de poupança de electricidade e gás

"O IVA na electricidade e no gás vai aumentar de seis para 23 por cento, já a partir da próxima quinta-feira, 1 de Setembro. Uma subida acentuada que vai pesar no orçamento das famílias portuguesas. Para minimizar o impacto do aumento, a SIC sugere algumas dicas de poupança."

Noções Básicas sobre Alimentação e Nutrição

"MESA BRASIL SESC: A REDE NACIONAL DE SOLIDARIEDADE CONTRA A FOME E O DESPERDÍCIO DE ALIMENTOS.
Desde 1946, o SESC desenvolve ações nas áreas da saúde, educação, cultura e lazer para melhoria da qualidade de vida dos trabalhadores do comércio de bens e serviços e contribui com o desenvolvimento do país.
Paralelamente, sempre participou do esforço coletivo de assegurar melhores condições de vida para todos abrindo novos caminhos para minimizar os impactos das necessidades básicas na população de baixa renda. Nesta perspectiva, a partir da década de 1990, iniciou ações orientadas para a redução da fome e da desnutrição, através do combate ao desperdício de alimentos. Esses programas regionais inspiraram o MESA BRASIL SESC.
O MESA BRASIL SESC é um Programa de Segurança Alimentar e Nutricional voltado para a inclusão social, constituindo-se numa rede Nacional de Solidariedade contra a fome e o desperdício. É um trabalho de compromisso social e tem na parceria, que envolve diversos segmentos da sociedade, a base de sustentação de todas suas ações. Demonstra, na prática, que a união de vários organismos sociais pode responder de maneira eficaz às dificuldades que afligem o país."

Livros de Receitas: SESC São Paulo



download do Livro de Receitas nº 1
(889 kb, em PDF)
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(120 kb, em PDF) NOVO!

Fonte:
http://www.sescsp.org.br/sesc/mesabrasilsp/receitas/index.cfm

Morreu David Servan-Schreiber, o “Sr. Anticancro”

25.07.2011, Por Ana Gerschenfeld

"David Servan-Scheiber, médico e neurocientista francês conhecido pelo seu livro sobre o "estilo de vida anticancro", morreu ontem à noite num hospital em Fécamp (noroeste da França). Tinha 50 anos e lutava há quase 20 contra um cancro muito agressivo no cérebro.

Há já várias semanas, tinha tornado pública a sua desesperada situação de saúde, com a publicação do seu último livro, On peut se dire au revoir plusieurs fois ("É possível dizer-se adeus várias vezes", na tradução em português) (ed. Robert Laffont).

Servan-Scheiber, que como lembra a AFP nasceu numa família de grandes empresários, estava já há três dias em coma, depois de ter sofrido durante os últimos meses de diversos sintomas neurológicos graves – paralisia, dificuldade em falar – devidos a metástases no cérebro.

Foi em 1992 que, por mero acaso, Servan-Scheiber se submeteu a uma ressonância magnética no âmbito de pesquisas em neurociências que estava a fazer no seu laboratório da Universidade de Pittsburgh (EUA) e descobriu que tinha um tumor cerebral maligno. Foi operado e tratado. Mas foi quando o cancro voltou em 2000, e quando Servan-Scheiber teve de voltar a ser operado e a submeter-se a quimioterapia e radioterapia – como contou ao PÚBLICO em entrevista em Maio de 2010 – , que percebeu que tinha de procurar o que ele próprio “podia fazer para reforçar a capacidade de o [seu] corpo combater a doença”.

O resultado dessas pesquisas foi o seu livro Anticancro – Uma nova maneira de viver, publicado em 2007 (e em 2008 em Portugal, pela Caderno). No livro, Servan-Schreiber detalha as principais alterações de estilo de vida (em termos de nutrição, mas não só) que, segundo tinha apurado a partir da análise de inúmeros estudos epidemiológicos e em animais publicados na literatura científica, podem ajudar o organismo humano a lutar contra o cancro. Apesar de ter sido alvo de críticas por parte de alguns oncologistas por preconizar métodos alternativos, Servan-Schreiber sempre afirmou que os métodos soft não deviam de maneira alguma substituir os da medicina convencional, que continuavam a ser os que já lhe tinham salvo a vida por duas vezes.

A terceira recaída aconteceu no ano passado e desta vez Servan-Scheiber não a conseguiu vencer. Motivou a escrita do seu último livro. “Se a doença me atinge apesar de pensar, comer, mexer-me, respirar e viver anticancro, então o que resta de Anticancro?, declarou. “É para responder a esta pergunta que escrevo hoje.”

Era uma questão que tínhamos evocado na entrevista do ano passado. Na altura, Servan-Schreiber tinha respondido simplesmente: “Eu não sou uma experiência científica. O que digo no meu livro não se baseia no sucesso ou no fracasso do meu caso pessoal – e ainda bem. Não possuo nenhum método garantido a 100 por cento, não sei o que me irá acontecer daqui a três meses ou três anos. Mas isso não altera a validade do que digo.”

Au revoir, David Servan-Schreiber."

Fonte:
http://www.publico.pt/Sociedade/morreu-david-servanschreiber-o-sr-anticancro_1504602